A ata da 14a. sessão --- Assembléia Geral --- do Grande Oriente Brasílico, fundado a 17 de junho de 1822, fechado a 25 de outubro do mesmo ano, pelo seu Grão-Mestre, D. Pedro I, e reinstalado como Grande Oriente do Brasil, em 1831, foi publicada, junto com outras, no Boletim Oficial do Grande Oriente do Brasil, No. 10, de outubro de 1874, no Ano III da publicação (criada em 1872).
Mostra, ela, a assembléia em que se decidiu que era imperiosa a proclamação da independência e da realeza constitucional, na pessoa de D. Pedro. Mostra, também, que o dia da sessão, 20º dia do 6º mês maçônico do Ano da Verdadeira Luz de 5822, era o dia 9 de setembro. Isso porque o Grande Oriente utilizava, na época, um calendário equinocial, muito próximo do calendário hebraico, situando o início do ano maçônico no dia 21 de março (equinócio de outono, no hemisfério Sul) e acrescentando 4000 aos anos da Era Vulgar (calendário gregoriano). Desta maneira, o 6º mês maçônico tinha início a 21 de agosto e o seu 20º. dia era, portanto, 9 de setembro, como situa o Boletim de 1874.
Nessa época, ainda não havia sido inventada a farsa do 20 de agosto, baseada na errada suposição de que o Grande Oriente utilizava o calendário francês, que inicia o ano maçônico no dia 1º de março. Se isso fosse correto, é claro que o 6o. mês teria início no dia 1º de agosto e o seu 20º dia seria o dia 20 do mesmo mês.. Esse erro serviu para que autores mais ufanos do que realistas saíssem apregoando que o Grande Oriente “proclamou a independência antes do grito do Ypiranga, de 7 de setembro, e que este foi uma simples ratificação do que já havia sido decidido” . E o lamentável é que o erro, embora já largamente comprovado, continua frutificando até hoje, tendo gerado até um Dia do Maçom (brasileiro), sem a base histórica que lhe é atribuída.
Fonte: A FARSA HISTÓRICA DO DIA DO MAÇOM BRASILEIRO
(Irmão José Castellani)
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